#7- Resenha: O Príncipe da Névoa de Carlos Ruiz Záfon

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O Príncipe da Névoa (Carlos Ruiz Záfon)

Sabe aquele tipo de livro que te deixa sem ar? Você fecha, respira, abre novamente e continua passando mal? “O Príncipe da Névoa” do Zafón tem um desenvolvimento alucinante, apesar de eu achar que deveria ter mais páginas. Romance de estreia do autor, traz uma mistura de “amores adolescentes, pactos demoníacos, lobos do mar, palhaços assustadores e destroços mal-assombrados”. Sim querido (a) amigo (a). Esse livro é tudo isso e mais um pouco!

Confesso que tive certo preconceito ao pegá-lo para ler pois não conhecia o autor; a capa não disse “VENHA ME PEGUE SEM SABER MEU CONTEÚDO!!” E, não é tão comentado pelas mídias (pelo menos por onde ando), mas enfim. A estória começa com uma família se mudando da cidade para o litoral, na busca de uma certa calmaria num período da segunda grande guerra mundial, por volta de 1943. Maximiliam Carver, o pai, relojoeiro com um otimismo radiante, estava muito empolgado com a mudança, ao contrário de seus três filhos: Alicia, Max e Irina (15, 13 e 8 anos respectivamente) e sua esposa Andrea Carver. Mas essa mudança transformaria a vida deles.

“Sentia que, pela primeira vez em sua vida, o tempo passava mais rápido do que desejava e ele não podia mais se refugiar no sonho, como nos anos anteriores. A roda da fortuna tinha começado a girar e dessa vez quem jogou os dados não tinha sido ele. ”

Relógios contando o tempo ao contrário, um gato muito estranho e invasivo e, uma casa de praia antiga com um histórico não muito agradável. Num passeio para conhecer sua nova casa, Max acaba descobrindo um jardim de estatuas MUITO macabro. Mistérios e mais mistérios vão sendo criados e uma espécie de mago feiticeiro e que faz acordos em troca de alguma coisa (lembra muito o Rumple) abala a vida de todos. Max acaba se envolvendo com Roland, neto emprestado do único sobrevivente de um naufrágio que ocorreu próximo a cidade, e que hoje é o guardião do farol, o Victor Kray. Com pouco tempo, acaba descobrindo que seu amigo era protagonista desse mistério, e que o mesmo não sabia disso.

“As lembranças ruins perseguem você sem que precise carrega-las consigo. ” Maximiliam Carver

Eu simplesmente adorei a escrita do Zafón, o modo como ele dispõe as informações e a pegada de suspense que fica nas entrelinhas desde a primeira palavra. Entretanto, uma coisa que me deixou com certo incômodo, foi o modo como ele desenvolveu o relacionamento entre a Alicia e o Roland, mas nada que atrapalhe a leitura. A edição não é das melhores, mas vale SUPER a pena. Sem erros gramaticais (que eu tenha percebido), folha amarela e orelhas.

O Príncipe da Névoa
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Suma de Letras
Páginas: 180


Por Leonardo Andrade
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